sábado, 27 de março de 2010

.::O sinal Wow e a busca por inteligência extraterrestre::.

Não é segredo para ninguém que diversos cientistas se dedicam a tentar contato com outras civilizações em outros planetas, mesmo que estejam há muitos anos-luz de distância. Para isso usam poderosos radiotelescópios, que tentam detectar algum sinal "não natural" vindo de algum ponto do espaço. É uma busca ingrata e demorada, que até hoje não apresentou nenhuma prova da existência de inteligência extraterrestre. No entanto, em 1977, um misterioso sinal foi recebido aqui na Terra e é considerado até hoje o único sinal que possa ter sido emitido por uma civilização distante.

Sinal Wow

Era 15 de agosto de 1977 e como fazia todas as noites, o radio-astrônomo Jerry Ehman analisava os dados captados pelo radiotelescópio Big Ear, ou "Orelhão", da Universidade de Ohio.

Como de costume, a maioria dos sinais captados já eram bem conhecidos do pesquisador e não passavam de emissões provenientes de galáxias e satélites. De repente, um fraco sinal diferente dos demais começou a aumentar gradualmente de intensidade até atingir o pico, decaindo e desaparecendo em seguida. O tempo total de detecção foi de exatos 72 segundos e sua intensidade era tão grande que ultrapassou o limite da escala preparada para as observações.

Pego de surpresa e sem muito tempo para analisar cientificamente o fato, Ehman escreveu ao lado dos códigos que representavam os sinais, na folha impressa pelo computador, a intensidade do evento que acabara de presenciar: “WOW !”

Analisando a posição da antena, conclui-se que as ondas eletromagnéticas detectadas eram provenientes da constelação de Sagitário e tinha a freqüência de 1420.4556 MHz, correspondente à famosa linha de 21 cm do hidrogênio, também chamada de “janela da água” em radioastronomia.

radiotelescopio Big ear

A estrela mais próxima que existe naquela direção está a pelo menos 220 anos-luz de distância. Desse modo, se o sinal partiu mesmo daquela região, foi um evento astronômico de gigantesca potência e que até hoje não foi identificado pelos cientistas.


Sinal Diferente
No entanto, o que mais intrigou os pesquisadores e tornou o sinal "wow" particularmente interessante, foi o modo como cresceu e diminui de intensidade durante os 72 segundos de duração. Por que?

O radiotelescópio Big Ear não é giratório e sim fixo no solo. Seu movimento de varredura é dado pela própria rotação da Terra e capta os sinais provenientes do espaço através de um feixe de recepção bastante estreito apontado para o infinito. Como em todas as antenas parabólicas ou direcionais, a sensibilidade é maior na região central do feixe, diminuindo nas laterais. Assim, sempre que uma fonte de rádio vinda do espaço cruzava o radiotelescópio, essa aumentava de intensidade quando a rotação da Terra trazia o sinal para o centro do feixe e diminuía logo em seguida.

No caso do Big Ear, a largura desse feixe de recepção era extremamente estreita, com 8 minutos de arco e qualquer sinal que viesse do espaço levava sempre 72 segundos para atravessar o feixe. E foi exatamente isso o que ocorreu naquela noite.


Descartando hipóteses
Se o radiotelescópio tivesse sido alvo de algum sinal da Terra a intensidade iria crescer quase que imediatamente e diminuir também de forma abrupta. Por outro lado, se o sinal fosse proveniente de algum satélite terrestre também não apresentaria o intervalo de detecção de exatos 72 segundos.

Alguns poderiam supor que algum engraçadinho quisesse enganar os pesquisadores, simulando uma transmissão clandestina na faixa da linha do hidrogênio, mas dadas as características do sinal essa hipótese também foi descartada. Como explicado, a antena do radiotelescópio é fixa e possui o feixe de recepção extremamente estreito. Para se ter uma idéia, são necessários quase 6 minutos de varredura para cobrir uma região do céu de tamanho angular igual à Lua. Em outras palavras, o engraçadinho teria que ir ao espaço, permanecer imobilizado, ligar seu transmissor e esperar a Terra posicionar a antena do radiotelescópio à sua frente.

Para ser considerado como vindo de um ponto fixo no espaço, o sinal deveria crescer, atingir intensidade máxima e decair conforme a rotação da Terra movimentasse a antena. Além disso, deveria estar na freqüência da linha do hidrogênio, sugerida para tentar contatos extraterrestres. O sinal "WOW" cumpriu todos esses requisitos, caracterizando-o como uma verdadeira emissão vinda de uma fonte fixa do céu, mas de origem desconhecida.

Naquela ocasião, o próprio observatório levantou a hipótese de que o sinal poderia ser o reflexo de uma transmissão terrestre, rebatida em algum satélite geoestacionário, mas nenhum satélite encontrava-se naquela posição do céu no momento do evento.

Pelas razões apresentadas o sinal "Wow" é um forte candidato SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) já que ao que tudo indica, veio de fato do céu e não foi causado por interferência humana.


Dois feixes - Um Sinal
No entanto, um pequeno detalhe pode afetar o otimismo dos pesquisadores.

O radiotelescópio da Universidade de Ohio utilizava dois feixes para fazer a varredura, ambos situados lado a lado. Qualquer fonte de sinais que viesse do espaço seria captado no primeiro feixe por exatos 72 segundos e 3 minutos depois também seria detectada pelo segundo feixe por 72 segundos, mas isso não aconteceu.

Desde então, diversas experiências foram feitas em diversos comprimentos de ondas, sempre focadas na mesma direção do céu. Receptores mais sensíveis foram utilizados e diversos intervalos de tempo foram escolhidos na tentativa de se captar algum sinal periódico, mas desde 1977 nenhum sinal que chamasse a atenção foi detectado. Até agora, mais de 30 anos depois, não se chegou a uma explicação lógica sobre a origem do famoso sinal WOW.


Por que o Hidrogênio
Todos sabem que o hidrogênio é o elemento mais abundante do Universo. Sua freqüência natural de emissão é 1420.4556 MHz, também chamada de linha de 21 cm ou “janela da água”. Por ser o elemento em maior quantidade no universo, acredita-se que essa também seja a freqüência mais óbvia para se tentar algum contato com outras civilizações, tanto para transmissão como para recepção de sinais. Em 1977 o sinal WOW foi detectado exatamente nessa freqüência.



Fotos: No topo, anotação do radio astrônomo Jerry Ehman ao lado dos códigos de intensidade do sinal captado em 15 de agosto de 1977. Na seqüência, radiotelescópio Big Ear, no campus da Universidade de Ohio. As antenas originais foram desmontadas em 1998. Crédito: Projeto SETI - Search for Extra-Terrestrial Intelligence.


Apolo11.com

domingo, 30 de agosto de 2009

.::Perdemos o Chandrayaan-1::.

Infelizmente todo o contato com o orbitador Lunar indiano Chandrayaan-1 foi súbitamente perdido durante uma sessão de comunicação com a Terra. O diretor do projeto, M. Annadurai, disse ao The Times of India: “A missão está definitivamente encerrada. Nós perdemos contato com a sonda. Ela fez seu trabalho, tecnicamente 100%. Cientificamente também, ela fez quase 90-95% do seu trabalho.

IBNLive relata que S. Satish, diretor de relações públicas da ISRO (Organização de Pesquisas Espaciais Indiana) disse à eles que “os cientistas não foram capazes de determinar o que está acontecendo com a sonda por causa da falha. Ele diz que o ISRO não conseguiu manter comunicação com o Chandrayaan-1. ‘Nós não fomos capazes de estabelecer comunicação com a sonda–isso é perda de conexão de rádio. É um problema muito sério. Esta anomalia está sendo analisada com os últimos dados recebidos.’”

A sonda Chandrayaan-1 foi lançada no dia 22 de Outubro de 2008, e estava marcada para conduzir uma missão primária de dois anos. Durante 312 dias na Lua, ela orbitou mais de 3.400 vezes e retornou mais de 70.000 imagens, além de outros dados. Mais da metade de seus instrumentos foram fornecidos pela (ou em cooperação com) a ESA e a NASA; várias foram cópias dos instrumentos na sonda SMART-1 da ESA, e uma foi uma réplica do instrumento Mini-SAR, agora em órbita no Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA. O ISRO colocou algumas imagens e dados da missão aqui

.::A Lua é feita de madeira!::.

Certo, bem… quanto a isso eu não sei, mas sei de uma coisa: de acordo com o Museu Nacional Holandês, a rocha lunar que eles receberam da NASA durante o tour mundial após o pouso da Apollo 11 nada mais é que madeira petrificada!

rock

Nessa altura nossos conspiracistas de plantão devem estar pulando de alegria, mas detesto ser o portador de más notícias (mentira, é o trabalho perfeito, contra conspiracistas, isto é.), mas devem levar em consideração este fato:
A NASA já enviou amostras lunares para dezenas de milhares de laboratórios e universidades ao longo de 40 anos, se fossem falsas, teriam sido detectadas como esta foi.

São as nossas boas amigas, senhora Generalização Apressada e senhorita Falácia de Composição. As duas são irmãs gêmeas, na verdade.

Bem, e o que isso prova? Que as missões Apollo foram falsas? Improvável, mas eu mantenho minha teoria que a Lua é feita de madeira!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

.::Lançamento do primeiro foguete espacial é novamente adiado::.

A Coreia do Sul não conseguiu lançar seu primeiro foguete espacial KSLV-1 nesta quarta-feira como o previsto. O início da missão estava marcado para às 5 horas, no horário de Brasília, mas oito minutos antes do lançamento o Centro Espacial Naro interrompeu a contagem regressiva.



De acordo com controladores da missão, problemas com a carga de combustível do foguete forçaram o adiamento. Esta não é a primeira vez que a Coreia do Sul enfrenta problemas durante o lançamento.

Na última tentativa, a missão também foi interrompida com o foguete já na plataforma. O Centro Espacial Naro descartou uma nova tentativa de lançamento ainda hoje e informou que uma nova data será marcada. Naro é o primeiro centro de lançamentos espaciais da Coreia do Sul e foi inaugurado no dia 11 de junho deste ano. Ele está situado no sul, na província de Jeollanam-do e teve um custo de US$ 178 milhões.

.::Bloco construtor de Vida é encontrado em Cometa::.

Um ingrediente fundamental para a vida foi descoberto em um exemplo de um cometa, apoiando a teoria que cometas podem ter semeado a vida na Terra.

Cometa Wolf 2

Uma nova pesquisa firma sugestões antigas de Glicina, o mais simples aminoácido usado para fazer proteínas, dentro de exemplos do cometa Wild 2 (pronunciado “Vilt 2″).

“Essa é a primeira vez que um aminoácido foi encontrado em um cometa,” disse o pesquisador Jamie Elsila. “Nossa descoberta apoia a teoria que alguns dos ingredientes da vida se formaram no espaço e foram entregues à Terra por impactos de meteoritos e cometas.”

A nova descoberta, que foi aceita na publicação do jornal “Ciências Meteoríticas e Planetárias”, também tem implicações para vida extraterrestre.

Mas a Glicina não poderia ter aparecido por contaminações durante a fabricação ou manuseamento da sonda Stardust que coletou os exemplos em 2006? Bem, Glicina poderia ter aparecido desta forma, mas não seria igual a encontrada no cometa.
Moléculas de Glicina do espaço tendem a ter átomos de Carbono 13 mais pesados que os da Terra, e foram essas moléculas que os cientistas encontraram.

.:: 17-08-2009 Planck começa a coletar luz restante do Big Bang::.

A sonda Planck está agora coletando luz de bilhões de anos atrás, deixada pelo Big Bang. De sua localização no ponto L2, a sonda começou a coletar dados científicos como parte da “Pesquisa da Primeira Luz”, que serve para verificar todos os sistemas. Se tudo for como planejado, essas observações serão as primeiras de 15 ou mais meses de coleta de dados de duas análises de todo o céu.

O pesquisador Chris North escreveu no website do Planck que “os maiores resultados científicos irão demorar para aparecer devido à imensa quantidade de computação necessária para analisá-los, e esperamos conseguí-los em cerca de 3 anos. Esses resultados serão um mapa completo do céu da Radiação Cósmica de Funda, e medidas mais precisas dos parâmetros que governam a forma com que nosso Universo evoluiu.

A missão, liderada pela Agência Espacial Européia com participação importante da NASA, irá ajudar a responder as perguntas mais fundamentais: Como que o espaço em si surgiu e expandiu para virar o Universo onde vivemos hoje? A resposta está escondida em luz antiga, chamada de Radiação Cósmica de Fundo, que viajou por mais de 13 bilhões de anos para chegar até nós. O Planck irá medir minúsculas variações nessa luz com a melhor precisão até hoje.